1. Como explica que a Internet se tenha adaptado tão bem ao crescimento exponencial do número de computadores a ela ligados e ao consequente aumento de tráfego, bem como à evolução tecnológica dos computadores, das redes e dos próprios serviços?

 

A Internet é uma rede de redes de computadores que comunicam entre si utilizando uma linguagem comum: a família de protocolos TCP/IP. Qualquer que seja a arquitectura do computador, o sistema operativo utilizado ou a topologia da rede, o TCP/IP permite ao utilizador usufruir de uma gama de serviços de informação de alcance mundial.

 

É precisamente a flexibilidade e a robustez do TCP/IP que tem permitido acompanhar a evolução tecnológica dos computadores, das redes e dos próprios serviços. Recorde-se que o TCP/IP é um sistema de rede aberto (segue o modelo de referência OSI) compreendendo 4 níveis: aplicação, transporte, rede e interface ao meio.

 

A generalidade dos serviços da Internet utiliza a arquitectura cliente-servidor que é a base da denominada computação distribuída. Não são os computadores que comunicam entre si, mas sim os programas residentes nesses computadores. Só assim se explica que, por exemplo, um computador possa estabelecer múltiplas comunicações com outras máquinas. Os programas que comunicam entre si podem classificar-se numa de duas categorias: os que oferecem um serviço - servidores, e os chamam ou contactam um serviço - clientes.

 

A utilização desta arquitectura cliente-servidor é concerteza, um dos paradigmas que explica a evolução e crescimento/exploração do fenómeno Internet.

 

 

  1. O que entende por DNS?

 

DNS (Domain Name System) é, basicamente, um serviço de base de dados distribuída hierarquicamente que actua como servidor de nomes. Os endereços atribuídos a cada um dos computadores que fazem parte dessa rede são originalmente números. Para facilitar o manuseamento de endereços por parte do utilizador, este endereço físico (por ex: 191.66.154.6) é "transformado" em endereço lógico ( por ex: www.biblioteca-nacional.pt). Para além de conceitos, endereços IP em endereços lógicos, o DNS pode também efectuar a operação inversa.

 

  1. Ao surgir, na década de 80, o DNS marcou a transição, na Internet, de um modelo de administração centralizado para um modelo de administração distribuído. Comente esta afirmação.

 

Nos primórdios da Internet não foi sentida a necessidade/utilidade de distribuir os endereços ao longo da rede devido às características, topologia e dimensão da própria rede.

 

Cada um dos servidores de rede mantinha a informação centralizada, sendo igualmente responsável pela repetição de dados. O crescimento espectacular da Internet veio pôr em causa este sistema centralizado. A expansão da Net à área educativa, comercial, institucional, etc. impôs a necessidade de se adoptar um modelo de administração distribuído.

 

O serviço de DNS estrutura-se assim hierarquicamente sob a forma de árvore, com a informação referente aos endereços distribuída ao longo dos vários ramos da árvore. Foram criados domínios organizados de uma forma hierárquica, cabendo a cada domínio a atribuição dos nomes e administração dos computadores que integram esse domínio.

 

 

  1. No contexto de serviço DNS, o que entende por zona? Que implicações tem este conceito na gestão do espaço dos nomes?

 

Zona é uma unidade administrativa básica do DNS. Conceptualmente poderemos encarar a zona como sendo um dos ramos de uma árvore que estruturará o serviço DNS. Cada zona constitui uma unidade distribuída de controlo e de responsabilidade na gestão do espaço de endereços.

 

A gestão de serviço DNS pode ser delegada pelo IANA em entidades nacionais (por ex., em Portugal, FCCN) que, por seu turno, a pode sub-delegar a algumas organizações. O último nível de delegação de gestão será precisamente uma zona de DNS (por ex.: fc.up.pt).

 

 

  1. Quando utiliza a ferramenta nslookup para interrogar um servidor de nomes, a resposta deste pode incluir informação Non-authoritative answer. O que significa esta informação?

 

Quando esta informação ocorre, tal significa que o "Server" interrogado não tem autoridade na zona seleccionada, isto é, só poderá responder relativamente aos computadores que lhe são hierarquicamente inferiores (dos quais é servidor).

 

Ao utilizar o nslookup para, por exemplo, interrogar um servidor para saber um determinado endereço e se este endereço lhe for hierarquicamente superior, obtêm-se como resposta que tal pedido se encontra fora da sua zona de autoridade.