São frequentes os alertas sobre a possibilidade de colapso da Internet, devido ao aumento exponencial de tráfego, de utilizadores e de nós de ligação: a Internet tem visto o seu tamanho duplicar todos os anos, de forma constante desde 1988, e esta tendência parece continuar a verificar-se e mesmo a acentuar-se. Muitas pessoas pensam que este aumento é maior do que aquele que a infrastrutura que apoia a Internet poderia suportar.
São vozes reputadas como a de Bob Metcalfe, o inventor da Ethernet, que chegou a prever que o fim da Internet teria lugar em finais de 1996 e, mais tarde, quando esta data passou sem que nada tivesse acontecido, mudou as suas previsões para a data dos Jogos Olímpicos de Atlanta. A data passou novamente, e continuamos com a Internet.
É certo que há um aumento do fluxo de informação que cruza a Internet; é certo que há cada vez mais utilizadores, que cada vez mais usam a Internet, e o número de nós de ligação, servidores e terminais a ela ligados não deixa de crescer. No entanto, apesar de alguns problemas, como os períodos de exasperante lentidão da rede, algumas interrupções localizadas do serviço, ainda não se verificou nada semelhante a um colapso global da Internet.
Haverá certamente múltiplas razões para que isto se passe assim. Uma delas é que o aumento do fluxo de dados e do uso da Internet tem vindo a ser acompanhado, desde os velhos tempos da ARPANET, por constantes melhoramentos a nível de software, hardware e velocidade das comunicações. Além disso, a qualidade da Internet, segundo um estudo de John S. Quaterman (ver ligação), tem vindo a melhorar. Alguns problemas relacionados com o tráfego subsistem, mas parecem estar a ser controlados. Parece, então, que os «idos de Março» da Internet estão longe de chegar...