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Programa de formação da Biblioteca para o segundo semestre já está disponível

Primeiros socorros

Para situações graves, nomeadamente situações de inconsciência, alterações cardiorrespiratórias, hemorragias, e intoxicações, chame imediatamente o 112 e solicite também a presença de socorristas da FEUP, pedindo-o ao Vigilante através do número interno de emergência - #115 ou 912233377 - ou ligando diretamente para um deles.

Caso tenham sido solicitados apoios externos através do 112, avise o Vigilante através do número interno de emergência - #115 ou 912233377 - para que este tome as medidas necessárias para enviar socorristas da FEUP ao local e facilitar o acesso da ambulância.

Os socorristas da FEUP possuem malas de primeiros socorros devidamente equipadas com todo o material necessário à prestação das medidas de primeiros socorros aqui descritas, e têm à disposição uma sala de apoio onde lhes é possível assistir vítimas em situações que exijam um ambiente tranquilo e/ou com alguma privacidade.

No caso de pequenas lesões que não necessitem da atuação de um socorrista, existem caixas de primeiros socorros disponíveis nos seguintes locais:

Localização da CaixaSalaContacto *
Edifício A - InfodeskA0031400
Edifício A - atendimento STMA2021500
Edifício A - secretariado da DireçãoA1081622
Edifício B - apoio salas de aulaB0551179
Edifício B - sala de funcionáriosB-102A
Edifício C - balcão de devoluçõesC0011442
VigilantesA046912233377

* extensões da rede interna

Existem também, para uso local, caixas de primeiros socorros nos laboratórios dos diferentes Departamentos, quando os riscos associados às atividades aí desenvolvidas assim o recomendem.

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Acidente Vascular Cerebral – AVC

Sinais e sintomas

  • Perda brusca do conhecimento
  • Compromisso motor traduzido da descoordenação, no descontrolo ou mesmo na incapacidade de realização de movimentos (como andar)
  • Dores de cabeça fortes
  • Agitação e ansiedade
  • Dificuldade na articulação das palavras
  • Pupilas com diâmetros diferentes
  • Paralisia facial
  • Incontinência de esfíncteres
  • Insensibilidade aos estímulos tácteis
  • Palidez
  • Sudorese

Primeiro socorro

  1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
  2. Reduzir a tensão emocional: manter um ambiente tranquilo, afastar as pessoas desnecessárias e incutir confiança
  3. Promover a conversação
  4. Manter a via aérea permeável
  5. Desapertar as roupas ao nível do pescoço, tórax e abdómen
  6. Colocar a vítima numa posição confortável
  7. Manter a temperatura corporal
  8. Vigiar as funções vitais
  9. Promover o transporte ao hospital


Cãibra

Sinais e sintomas

  • Dor local de instalação súbita
  • Rigidez muscular
  • Edema (inchaço)

Primeiro socorro

  1. Distender os músculos afetados forçando o seu relaxamento
  2. Massajar suavemente o local
  3. Aplicar, localmente e de forma indireta, calor
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Choque

Sinais e sintomas

  • Palidez
  • Olhos mortiços
  • Diminuição da temperatura corporal
  • Pele húmida e viscosa (suores frios)
  • Apatia
  • Pulsação fraca e rápida
  • Ventilação superficial, difícil, rápida/irregular e ofegante
  • Pode existir dilatação pupilar
  • Náuseas (podendo a vítima vomitar)
  • Inconsciência

Primeiro socorro

  1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
  2. Deitar a vítima de costas
  3. Desapertar-lhe as roupas no pescoço, peito e cintura
  4. Se está consciente, ventila e tem sinais circulatórios, mantê-la deitada, com a cabeça baixa e as pernas levemente levantadas
  5. Conversar com a vítima para a acalmar
  6. Envolver a vítima num cobertor
  7. Não dar nada a beber
  8. Se a vítima estiver inconsciente (mas ventila e tem sinais circulatórios), colocá-la em Posição Lateral de Segurança (PLS)
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Choque elétrico

Antes de prestar socorro à vítima, providenciar o corte imediato da corrente; se for demorado o corte de corrente, afastar imediatamente a vítima dos condutores, tomando as precauções seguintes:

  • Isolar-se da Terra antes de tocar na vítima, colocando-se sobre uma superfície isolante, constituída por panos ou peças de vestuário secas, tapetes de borracha ou por qualquer outro meio equivalente (tábuas, barrotes ou caixas de madeira secas); afastar a vítima dos condutores, isolando as mãos por meio de luvas de borracha, panos ou peças de vestuário ou utilizando varas compridas de madeira bem seca, cordas bem secas, etc.
  • Manter afastadas todas as pessoas desnecessárias
  • Ter em atenção que os riscos de eletrocussão, ao prestar socorro à vítima, são maiores se o pavimento estiver molhado ou húmido, pelo que deverá nesse caso proceder com maior cuidado

Complicações

  • Queimaduras
  • Paragem cárdio-respiratória

Primeiro socorro

  1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
  2. Arejar bem o local em que se encontra a vítima
  3. Desapertar todas as peças do vestuário que comprimam o seu corpo: colarinho, cinto, casaco, colete, etc.
  4. Retirar da boca qualquer corpo estranho (por exemplo, placa de dentes artificiais) e limpar a boca e as narinas de sujidades
  5. Combater as complicações
  6. Se a vítima estiver inconsciente e não ventilar, proceder de imediato às manobras de Suporte Básico de Vida (SBV); é importante persistir nas manobras de SBV em vítimas de eletrização pois os tempos de recuperação são bastante alargados
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Distensão

Sinais e sintomas

  • Dor local de instalação súbita
  • Rigidez muscular
  • Edema (inchaço)

Primeiro socorro

  1. Instalar a vítima em posição confortável
  2. Se o acidente é recente, fazer aplicações frias
  3. Repouso absoluto do músculo, mantendo-o imóvel
  4. Se houver dúvidas, promover o transporte ao hospital
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Dor pré-cordial

As situações mais comuns de alterações cardiovasculares são a angina de peito e o enfarte agudo do miocárdio

Sinais e sintomas

  • Sensação de desconforto torácico
  • Dor pré-cordial, de localização retro-esternal e de caráter opressivo, com irradiação para o pescoço e braço esquerdo e, menos frequentemente, para o braço direito, maxilar inferior e estômago
  • Angústia, ansiedade e agitação
  • Náuseas e vómitos
  • Sudorese
  • Gases
  • Ventilação difícil
  • Pulso rápido, fraco e irregular
  • Hipotensão
  • Possível inconsciência

Primeiro socorro

  1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
  2. Promover um ambiente tranquilo junto da vítima
  3. Evitar qualquer tipo de movimento
  4. Reforço de confiança
  5. Se consciente, colocar a vítima em posição confortável, sempre com o tronco ligeiramente mais elevado
  6. Se inconsciente (mas ventila e tem sinais circulatórios), colocá-la em Posição Lateral de Segurança (PLS)
  7. Manter a temperatura corporal
  8. Vigiar as funções vitais
  9. Averiguar se toma medicação específica (se necessário colocar 1-2 comprimidos debaixo da língua)
  10. Promover o transporte ao hospital
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Entorse

Sinais e sintomas

  • Dor forte, no momento do acidente, que aumenta com o movimento
  • Edema (inchaço) na região articular
  • Equimose (“nódoa negra”), em alguns casos
  • Impotência funcional

Primeiro socorro

  1. Instalar a vítima em posição confortável
  2. Fazer aplicações frias
  3. Conferir apoio à articulação, envolvendo-a em camada espessa de algodão ou compressas que se fixa com uma ligadura
  4. Em caso de dúvida, imobilizar como se de uma fratura se tratasse e promover transporte ao hospital
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Epilepsia

Sinais e sintomas

  • Pequeno mal epilético
    • Alterações do comportamento
    • Ausências/alheamento
  • Grande mal epilético
    • Perda súbita de consciência, acompanhada de contrações bruscas e involuntárias

Primeiro socorro

  • Pequeno mal epilético
    1. Acalmar e colocar a vítima em posição confortável
    2. Se necessário, promover o transporte ao hospital
  • Grande mal epilético
    1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
    2. Afastar objetos e proteger/amparar a cabeça e membros superiores
    3. Desapertar as roupas ao nível do pescoço, tórax e abdómen
    4. Manter a via aérea permeável
    5. Vigiar funções vitais
    6. Promover o transporte para o hospital
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Feridas

Primeiro socorro

  • No caso de feridas superficiais não requerendo tratamento médico ou indiferenciado
    1. Usar luvas limpas e não falar, tossir ou espirrar para cima da ferida
    2. Expor a zona da ferida (se necessário tirar roupa ou descoser/cortar)
    3. Remover corpos estranhos pequenos; não retirar objetos cravados profundamente (devem ser removidos no hospital)
    4. Lavar a ferida com soro fisiológico (ou água limpa); lavar primeiro em volta e depois do centro para a periferia; usar compressas ou panos limpos sem pelos (não usar algodão)
    5. Desinfetar com iodopovidona ou outra solução antisséptica; deixar secar
    6. Proteger com um penso ou compressa esterilizada e cobrir com adesivo ou ligadura
  • No caso de feridas requerendo tratamento médico ou indiferenciado (boca, nariz, olhos, feridas extensas e/ou profundas)
    1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
    2. Proceder como indicado de 1 a 3
    3. Não lavar / desinfetar
    4. Proteger a ferida com compressas ou panos limpos e secos
    5. Efetuar a cobertura
    6. Promover o transporte para o hospital
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Fraturas

Sinais e sintomas

  • Dor no local
  • Edema (inchaço)
  • Deformação
  • Encurtamento do membro
  • Impotência funcional ou perda de função
  • Exposição de topos ósseos
  • Mobilidade anormal
  • Equimose (“nódoa negra”)
  • Crepitação óssea

Complicações

  • Choque
  • Hemorragia
  • Ferida
  • Infeção

Primeiro socorro

  1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
  2. Promover um ambiente tranquilo junto da vítima
  3. Instalar a vítima em posição confortável, sem fazer grandes movimentos e deslocações
  4. Expor o foco da fratura (cortando roupa ou tirando calçado, se necessário)
  5. Retirar adornos
  6. Combater as complicações; prevenir o choque
  7. Lidar com os topos ósseos visíveis como se fossem corpos estranhos encravados, protegendo-os
  8. Proceder à imobilização com talas, tendo o cuidado de:
    • Não modificar a posição
    • Imobilizar as articulações acima e abaixo do foco da fratura
    • Não fazer a redução da fratura (não tentar encaixar o osso)
    • As talas a aplicar devem estar almofadadas ou protegidas e não devem impedir a circulação local
    • Vigiar as funções vitais
    • Manter a temperatura corporal
  9. Promover o transporte ao hospital
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Hemorragias

Sinais e sintomas

  • Hemorragia externa
    • O sangue sai por uma ferida, sendo sempre visível
  • Hemorragia interna
    • Dor local ou radiante
    • Sede
    • Zumbidos
    • Gradual dificuldade de visão
    • Pulso progressivamente rápido e fraco
    • Ventilação progressivamente mais rápida e superficial
    • Pupilas progressivamente dilatadas.
    • Outros sinais e sintomas de choque.
  • Hemorragia interna invisível
    • O sangue fica retido no interior do corpo
  • Hemorragia interna visível
    • O sangue sai por uma abertura natural do corpo (boca, nariz, ouvidos, etc.).

Primeiro socorro

  • Hemorragia externa
    1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
    2. Aplicar sobre a ferida um penso, comprimindo a zona com a mão ou pedindo à vítima que, se possível, faça autocompressão
    3. Se o penso se encharcar de sangue, não deve ser retirado. Colocar outro por cima e fazer compressão manual mais forte
    4. A compressão manual direta não deve ser aplicada quando no local existir um corpo estranho encravado ou uma fratura
    5. Promover evacuação para o hospital
  • Hemorragia interna invisível
    1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
    2. Desapertar as roupas no pescoço, tórax e abdómen
    3. Se consciente, instalar a vítima numa posição de conforto, movimentando-a o menos possível; e conversar para a acalmar
    4. Se inconsciente, colocar em Posição Lateral de Segurança (PLS)
    5. Manter a temperatura corporal
    6. Não dar nada a beber
    7. Promover evacuação para o hospital
  • Hemorragia interna visível
    1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
    2. Calçar luvas descartáveis
    • O sangue sai através da boca e provém dos pulmões (vermelho vivo e espumoso que sai acompanhado de tosse e falta de ar)
      1. Fazer tudo o indicado para Hemorragia interna invisível
      2. Se consciente, recomendar que a vítima ventile pausadamente para evitar tossir
    • O sangue sai através da boca e provém do tubo digestivo (sangue de cor diversa e acompanhado de vómito e dor abdominal)
      1. Fazer tudo o indicado para Hemorragia interna invisível
      2. Se consciente, tentar evitar o vómito
      3. Colocar um saco de gelo sobre o abdómen (envolver o saco com um pano)
    • O sangue sai pelo nariz (Epistaxis)
      1. Colocar a vítima com a cabeça direita no alinhamento do corpo (nem para a frente nem para trás)
      2. Fazer compressão com os dedos polegar e indicador em pinça, apertando as extremidades das narinas, durante cerca de 10 minutos
      3. Aplicar frio no local com gelo não diretamente sobre a pele
      4. Se estas medidas se revelarem insuficientes, fazer o tamponamento das narinas com gaze
      5. Se houver suspeita de traumatismo craniano, não tamponar nem fazer compressão digital
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Hiperglicemia

Excesso de açúcares no sangue

Sinais e sintomas

  • Fadiga crescente
  • Manutenção da prega cutânea/desidratação
  • Entorpecimento progressivo das faculdades intelectuais
  • Ventilação rápida, profunda e irregular
  • Pulso rápido e cheio
  • Hálito adocicado a fruta ou a acetona (hálito cetónico)
  • Face rosada e aspeto congestionado
  • Inconsciência – Coma

Causas

  • Refeição muito rica em açúcares
  • Falta de insulina em doente diabético e insulinodependente

Primeiro socorro

  1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
  2. Obter história clínica
    • É insulinodependente?
    • Já administrou a dose de insulina diária?
    • Faz antidiabéticos orais?
  3. Manter as vias aéreas permeáveis
  4. Vigiar as funções vitais
  5. Promover o transporte ao hospital
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Hipoglicemia

Fornecimento insuficiente de glicose

Sinais e sintomas

  • Sensação de fraqueza/fome
  • Palidez acentuada
  • Suores abundantes e frios
  • Pele pegajosa
  • Pulso rápido e cheio
  • Ventilação superficial e tendencialmente deprimida
  • Parestesias (formigueiros) no rosto e nas mãos
  • Convulsões – Coma

Causas

  • Jejum prolongado
  • Esforços físicos incomuns
  • Dose excessiva de insulina em doente diabético e insulinodependente

Primeiro socorro

  1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
  2. Vítima consciente - dar água com açúcar
  3. Vítima inconsciente - manter a via aérea permeável e colocar um torrão de açúcar por baixo da língua
  4. Manter a temperatura corporal
  5. Vigiar as funções vitais
  6. Promover o transporte ao hospital
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Intoxicação

Primeiro socorro

  1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112
  2. Identificar o tóxico e consultar a ficha de dados de segurança do produto ou ligar para o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) – 808 250 143, para obter informação específica sobre como proceder
  • Via cutânea
    1. Encaminhar a vítima para o chuveiro e remover a roupa usando luvas; lavar abundantemente durante cerca de 20-30 minutos
  • Via ocular
    1. Encaminhar a vítima para o lava-olhos; lavar abundantemente
  • Via inalatória
    1. Colocar a vítima em local arejado
  • Via digestiva
    1. Provocar o vómito se não for contraindicado; se os lábios ou boca da vítima mostrarem sinais de queimaduras, arrefeça-os administrando água para beber; mesmo que a vítima esteja consciente, colocá-la em Posição Lateral de Segurança
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Luxação

Sinais e sintomas

  • Dor violenta
  • Impotência funcional
  • Deformação
  • Edema (inchaço)

Primeiro socorro

  1. Instalar a vítima em posição confortável
  2. Imobilizar sem fazer qualquer redução (sem tentar encaixar o osso)
  3. Prevenir/combater o choque
  4. Promover o transporte ao hospital
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Obstrução da via aérea (asfixia causada por corpos estranhos)

Primeiro socorro

  • Vítima consciente, ventilando apesar da obstrução
    1. Faça com que continue a tossir
  • Obstrução completa (vítima com sinais de exaustão e cianose)
    1. Coloque-se ao lado da vítima e ligeiramente por detrás
    2. Sustenha o tórax da vítima com uma mão e incline-a para a frente
    3. Com a outra mão, aplique 5 pancadas entre as omoplatas (podem não ser necessárias todas as pancadas)
    4. Se não desobstruir, proceda à manobra de Heimlich, mantendo-se por detrás da vítima e abraçando-a em redor da região epigástrica (acima do umbigo) – figura 1
    5. Cerre o punho sobre essa região e agarre-o com a outra mão
    6. Se necessário, repita a sequência (pancadas/Heimlich) até que o corpo estranho se desaloje da via aérea


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Posição lateral de segurança (PLS)

Esta posição deve ser utilizada em vítimas inconscientes, porque permite uma melhor ventilação, libertando as vias aéreas superiores.

  1. Ajoelhar ao lado da vítima com um dos joelhos ao nível da linha intermamilar e o outro ao nível da linha umbilical
  2. Manter a via aérea permeável através de uma correta extensão da cabeça (levantando o queixo) e virá-la para o seu lado, mantendo a extensão
  3. O braço da vítima, do seu lado, dever ser dobrado pelo nível do ombro e colocado junto da cabeça de modo a ficar ao lado desta – figura 2
  4. As suas mãos vão pegar nos membros do lado oposto da vítima, colocando uma mão ao nível do antebraço, evitando fazer quaisquer rotações deste, e a outra por debaixo do joelho, fazendo com que esta articulação fique em flexão – figuras 3, 4 e 5
  5. Com os joelhos bem fixos no terreno, puxar suavemente naqueles pontos de modo a que a vítima fique em decúbito lateral, apoiando-a se necessário com as suas coxas, até que a estabilidade final da posição seja conseguida – figuras 6, 7 e 8

A PLS no final deve garantir a estabilidade da vítima, evitar a flexão lateral da região cervical, permitir uma boa observação e acesso à via aérea, manter uma boa drenagem de fluidos pela boca e permitir uma boa distensibilidade pulmonar.



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Queimaduras

Sinais e sintomas

  • Queimadura de 1º Grau
    • Pele vermelha, quente, seca, dolorosa e com ardor
  • Queimadura de 2º Grau
    • Pele vermelha, quente, seca, com dor e bolhas com líquido no seu interior
  • Queimadura de 3º Grau
    • Pele destruída podendo chegar a estar carbonizada; a vítima pode entrar em estado de choque

Primeiro socorro

  1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112 (dependendo da extensão, localização e gravidade da queimadura)
  • Queimadura de 1º Grau
    1. Colocar debaixo de água corrente fria, durante pelo menos 10 minutos; após arrefecimento, colocar um creme hidratante, neutro e sem corantes; não colocar gorduras
  • Queimadura de 2º Grau
    1. Arrefecer com água o mais fria possível; se necessário, promover a evacuação da vítima para o hospital; não rebentar as bolhas
  • Queimadura de 3º Grau
    1. Arrefecer com água o mais fria possível; encaminhar a vítima imediatamente para o hospital

Casos especiais

  • Olhos
    • Lavar demoradamente com um fio de água corrente, do canto interno para o externo; deixar o globo ocular humedecido; colocar a vítima num ambiente com pouca luz, para evitar a colagem das pálpebras; não fazer penso oclusivo
  • Articulações e zonas de contacto de pele queimada com pele queimada
    • Colocar compressas embebidas em água ou soro fisiológico para evitar a colagem
  • Queimaduras extensas
    • Não despir nem arrancar a roupa; após o arrefecimento com água fria, cobrir a vítima com um lençol limpo e sem pelos, humedecido, e tapar com um cobertor; promover o transporte para o hospital
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Queimaduras por produtos químicos

Primeiro socorro

  1. Pedir ajuda; chamar ou pedir para chamar o 112 (dependendo da extensão, localização e gravidade da queimadura)
  2. Identificar o produto que causou a lesão e consultar a ficha de dados de segurança ou ligar para o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) – 808 250 143, para obter informação específica sobre como proceder

Casos especiais

  • Pele
    • Encaminhar a vítima para o chuveiro; lavar durante pelo menos 15 minutos; remover a roupa debaixo do chuveiro usando luvas; não perder tempo com a neutralização, a menos que o produto neutralizador esteja imediatamente acessível; cobrir a vítima e promover a seu transporte ao hospital
  • Olhos
    • Encaminhar a vítima para o lava-olhos; lavar durante pelo menos 10 minutos sob uma corrente fraca; manter as pálpebras abertas; cobrir o olho, sem pressionar, com uma compressa esterilizada; encaminhar a vítima imediatamente para o hospital
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Suporte básico de vida (SBV)

As manobras de suporte básico de vida devem ser aplicadas por pessoas com formação. Em caso de alterações cardiorrespiratórias, após chamar o 112, solicite sempre a presença de um socorrista da FEUP.

Iniciar de imediato as manobras de SBV, pelas compressões torácicas antes das insuflações, sempre que a vítima esteja inconsciente e não ventile.

Execução das manobras

  1. Deitar a vítima de costas
  2. Ajoelhar ao lado da vítima
  3. Permeabilizar a via aérea – colocar a cabeça em extensão levantando o queixo para cima garantindo assim a desobstrução das vias respiratórias – figura 9; verificar se existem corpos estranhos na boca e retirá-los com os dedos em forma de pinça
  4. Ver, ouvir e sentir durante 10 segundos – figura 10; se não ventilar iniciar as manobras como indicado a seguir
  5. Colocar a base da mão apoiada na porção média da metade inferior do esterno, dois dedos acima do apêndice xifoide (ponto onde se unem as costelas); colocar a base da outra mão por cima e entrelaçar os dedos das duas mãos para assegurar que a pressão não é exercida sobre as costelas – figuras 11 e 12
  6. Debruçar sobre o tórax da vítima, com os braços posicionados verticalmente e bem esticados, exercendo pressão sobre o esterno e provocando uma depressão de cerca de 4-5 centímetros – figura 13; fazer 30 compressões (a frequência de compressão num adulto deve ser de 100/minuto)
  7. Tapar as narinas da vítima com os dedos polegar e indicador e manter aberta a boca da vítima com a outra mão; inspirar profundamente e colocar os lábios à volta da boca da vítima; insuflar lentamente observando a expansão do tórax – figura 14; fazer 2 insuflações
  8. Manter as manobras – 30 compressões torácicas/2 insuflações – até chegar alguém qualificado par assumir a responsabilidade da situação, até a vítima iniciar ventilação espontânea ou até o socorrista ficar exausto


Recomendações

  1. Se durante a insuflação inicial não se verificar a expansão torácica, verificar se existe alguma coisa na boca da vítima, se a posição da cabeça está correta e não tentar fazer mais que duas insuflações sem retomar as compressões torácicas
  2. Se houver mais do que um socorrista, trocar de posição após cada 2 minutos para evitar fadiga
  3. Se por alguma razão não for possível efetuar a insuflação, deve fazer-se apenas as compressões torácicas a um ritmo de 100/minuto suspender esta manobra logo que a vítima recupere a ventilação normal
  4. No caso de vítima de afogamento, fazer no início 5 insuflações antes de começar as compressões torácicas; se o socorrista estiver sozinho deve fazer as manobras de SBV durante 1 minuto e só depois fazer o alerta
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