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Equipa de Investigação liderada por docente da Faculdade de Engenharia vence prémio Solvay
Cerimónia de entrega do prémio decorreu em Lisboa
A equipa de investigadores constituída por Luísa Andrade, Joaquim Mendes, Fernando Ribeiro, José Nogueira, Rui Cruz e liderada por Adélio Mendes, professor associado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), acaba de ser distinguida com o Prémio Solvay atribuído na área da engenharia química e ambiente pelo grupo Solvay Portugal e a Hovione, com o projeto de investigação de células fotovoltaicas sensibilizadas com corante. Esta nova tecnologia vai permitir produzir eletricidade a baixo custo, de forma sustentada em termos ambientais e com custos reduzidos.
Um sistema inovador de selagem que permite assegurar a estabilidade dos módulos fotovoltaicos a longo prazo, viabilizando e potenciando a sua utilização prática, foi o principal objetivo da equipa liderada por Adélio Mendes, com vários projetos de investigação sobre Dye-Sensitized Solar Cells (DCS). A finalidade do sistema agora premiado pelo grupo Solvay Portugal e a Hovione passa por permitir uma grande estabilidade das células, um maior aproveitamento da radiação solar e, ao mesmo tempo, uma maior redução de custos e um maior potencial de aplicações, como fachadas e janelas.
Estas células solares sensibilizadas com corante, em inglês dye-sensitized solar cells, são células fotovoltaicas que mimetizam a natureza na produção de energia. São constituídas por substâncias químicas abundantes e não perigosas, capazes de produzir eletricidade com um baixo custo. Apesar destas vantagens, ainda não estão disponíveis comercialmente dado não existirem soluções tecnológicas para alguns problemas críticos. Em parceria com a EFACEC, CIN e EDP - Inovação, a FEUP desenvolveu uma tecnologia de soldadura por vidro assistida a laser que permite resolver a baixo custo o problema da selagem. Desenvolveu ainda um novo tipo de substrato (os vidros de suporte) com características excelentes de condução elétrica, visualmente atractiva e com um custo de produção também reduzido, a tecnologia ETCO - embedded transparent coating oxide.
De forma a potenciar o desenvolvimento do projeto e tornar estas células ainda mais eficientes, mais ecológicas e mais baratas, está prevista a criação de uma fábrica para produção de células fotovoltaicas em Portugal, a primeira unidade industrial do género no mundo.
Este prémio vem assim juntar-se ao prémio ACP - Diogo Vasconcelos atribuído no passado mês de Outubro, que distinguiu também este projeto de investigação. Este ano ficará também marcado pela atribuição do "Faculty Excellence Award" da empresa norte-americana "Air Products" pelos trabalhos de Adélio Mendes na área dos processos de separação por adsorção e por membranas.
Doutorado em Engenharia Química pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) desde 1993, Adélio Mendes tem desenvolvido investigação em diversas áreas como a separação de gases por adsorção e por membranas, preparação e caracterização de membranas de peneiro molecular de carbono, células de combustível, células solares sensibilizadas com corante, reatores catalíticos de membrana e reformação com vapor de metanol. Publicou mais de 150 artigos científicos e submeteu 18 famílias de patentes.
Recentemente, Adélio Mendes viu aprovado o projeto BeingEnergy, no âmbito do 7º Programa Quadro, com um financiamento da EC de 2,4 M¤ na área das células de combustível e da reformação do metanol. Este projeto, liderado pela FEUP, envolve 8 parceiros internacionais: DLR (Estugarda, Alemanha), VTT (Hensinquia, Filândia), ITQ (Espanha), ITM-CNR (Itália), Sernergy (Dinamarca), Rhodia (França) e Inova+ (Portugal).
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