João Oliveira Cortez, administrador da Celoplás e antigo estudante de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), é o vencedor do Prémio Carreira FEUP 2023. O galardão, que vai já na sexta edição, tem por objetivo reconhecer a excelência do percurso dos diplomados da Faculdade de Engenharia que constituam uma referência profissional para os seus pares e para a comunidade, contribuindo assim para a consolidação da imagem da FEUP enquanto escola de referência na área da Engenharia.
“Este prémio, que muito me honra, funcionará como mais um estímulo e uma forte vitamina para poder continuar a acrescentar valor à sociedade e a economia”, admite o vencedor deste ano.
João Oliveira Cortez sucede a António Mota (2022), Carlos Moreira da Silva (2021), João Serrenho (2020), António Segadães Madeira Tavares (2019) e Luís Valente de Oliveira (2018), como vencedor do Prémio Carreira.
A cerimónia de entrega do Prémio Carreira FEUP 2023 vai acontecer no próximo dia 19 de abril, a partir das 17h00, no Auditório Prof. Doutor José Marques dos Santos, na FEUP.
Natural de Nine, concelho de V. N. Famalicão, João de Oliveira Cortez (1954) licenciou-se em Engenharia Mecânica (opção Fluidos e Calor) em 1986, pela Faculdade de Engenharia da U.Porto. Nesse mesmo ano, fundou a CCL, uma empresa que surge da necessidade de encontrar uma alternativa à total dependência que Portugal tinha na importação de componentes técnicos de engenharia em materiais poliméricos avançados.
Em 1989, fundou a Celoplás, hoje a principal empresa do grupo, especializada no desenvolvimento e produção de pequenos e microcomponentes técnicos para os setores automóvel, elétrico e eletrónico, médico e alimentar, necessitando de colaboradores altamente especializados e equipamentos de produção e transformação de polímeros de elevada precisão.
Com unidade industrial de 41 mil metros quadrados de área total e 16 500 de área coberta, situada em Grimancelos, no concelho de Barcelos, a Celoplás exporta mais de 95% da sua produção para a Europa, América do Norte e para a Ásia, sendo o mercado alemão o principal destino, num total de vendas acima dos 30 milhões de euros.
A instalação industrial nas três fabricas tem cerca de uma centena de máquinas de injeção e uma equipa com mais de 200 pessoas, sendo que 27% têm formação superior. A principal atividade? Projetar, desenvolver e fabricar – através do processo de moldação por injeção e microinjeção – mais de 200 milhões de componentes de engenharia de elevada precisão por ano, utilizando mais de 2500 toneladas/ano de polímeros de elevado desempenho. Além disso, desenvolve e produz componentes à escala micro, utilizando tecnologias de micromaquinação e micromoldação. A empresa teve uma faturação na ordem dos 32 milhões de euros em 2023.