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Foro: Integração na Universidade

A praxe na primeira pessoa...

Autor Mensagem Respostas
Michael Seufert
2003-10-06 08:44
Crónica: A Praxe na Primeira Pessoa
Por CATARINA LÁZARO
Domingo, 05 de Outubro de 2003

Dizem os entendidos na matéria, que só pode falar de praxe quem a viveu, quem a sentiu, quem deixou que ela lhe chegasse ao coração. Foi isso que fiz: infiltrei-me na praxe de Engenharia Electrotécnica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e, por alguns minutos, fui caloira.

Não foi preciso rastejar, nem andar com orelhas de burro feitas de cartolina, nem de cara pintada, nem gritar até ficar sem voz, nem sequer fui insultada porque na FEUP o caloiro não é um palhaço de quem todos se riem, é antes alguém que precisa de ser ensinado, que tem de aprender a dar valor à faculdade e a ter orgulho no seu curso.

Ao entrar na FEUP, não foi difícil descobrir onde andavam os caloiros de "electro", bastou chegar ao bar dos alunos e perguntar a um dos muitos estudantes trajados se conhecia algum "doutor" do meu novo curso. À minha pergunta, responderam com um sorriso malandro e um brilho nos olhos - "Porquê, és caloira?"

Um minuto depois, tinha um "doutor de electro" à minha frente: "Mas o que é que esta caloira está aqui a fazer? Todos os teus colegas estão a ter aulas... já estás inscrita nos horários?" Precisei de alguns segundos para me recompor. O quê? A praxe é ir às aulas e ter os doutores a levarem os caloiros à secretaria para se inscreverem nos horários? Pois a resposta é sim, a praxe também é tudo isso!

(continua)
Pontuação: 12
3
Michael Seufert
2003-10-06 08:46
(continuaçao)

Não foi preciso assistir à aula de sistemas digitais, porque quando lá cheguei os caloiros estavam a posicionar-se para percorrer a faculdade até ao local onde fomos praxados, sempre nas instalações da FEUP. A minha companheira foi-me dando algumas dicas. "É a primeira vez que vens? Temos estado em praxe desde a semana passada, já aprendemos o hino da FEUP e ouvimos os discursos dos doutores sobre a praxe e o espírito de engenharia." Explicou-me o que era a autocontagem, como cumprimentar um veterano e como "dizer" sim e não (zurrando) "porque os caloiros não sabem falar".

Mulheres à frente, homens atrás, os 100 caloiros alinharam-se para ouvir os veteranos. "Ó pá, a última fila que se chegue mais para a frente porque estão ao sol", pediu o doutor que preside à praxe e que se apresenta com uma colher de pau em tamanho gigante na mão, adornada com várias fitas cor de tijolo (a cor de engenharia)."Estão-me todos a ver e a ouvir? Então vamos lá cumprimentar os veteranos aqui presentes. Toda a gente sabe o que tem de dizer?"

Algumas mãos tímidas erguem-se e o doutor concede dois segundos para que os colegas do lado possam ensinar aos mais esquecidos. Em uníssono, ao sinal do colher de pau, os caloiros gritaram "Ave veteranorum praxeturi te salut". As vozes afinadas e bem ensaiadas mostram bem que a praxe não serve para humilhar mas sim para transmitir conhecimentos aos novos estudantes, para que se integrem no espírito da faculdade.

(continua)
Pontuação: 6
2  Ver respostas a esta mensagem
Filipe Carvalho
2003-10-06 22:21
Para ser mais fácil a visualização, sugiro que visitem directamente a página do Público com esta Crónica:

<a href="http://jornal.publico.pt/2003/10/05/Destaque/X01CX05.html">http://jornal.publico.pt/2003/10/05/Destaque/X01CX05.html</a>

Saudações!
Pontuação: -4
Não existem respostas a esta mensagem
Nuno Pássaro
2004-03-20 13:39
Mt do q esta jornalista fala é verdade, a praxe tem mts pontos positivos mas ao mm tempo tem mts negativos...
As pessoas q lá andam, nomeadamente os doutores, esquecem se: 1º da pressão psicológica q exercem, inicialmente, sobre alguns caloiros; 2º: os abusos q  praxe proporciona ( eu assisti a um desses abusos). O doutor em causa nesse dia acordou mal disposto e bateu num caloiro pq ele se n quis dizer o q tinha dito ao colega do lado enquato ele discursava... N me considero anti praxe mas ao mm tempo n a apoio, axo q fica à consciencia de cada um, mas claro q qd se chega no 1º dia à faculdade e somos prontamente reunidos como cordeiros, sem se conhecer ninguém, n dá para contestar...  
Pontuação: 1
1  Ver respostas a esta mensagem

Respostas: 1 a 3 de um total de 3

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Autor Mensagem

Michael Seufert
2003-10-06

Crónica: A Praxe na Primeira Pessoa Por CATARINA LÁZARO D [...]

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2003-10-06

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2003-10-06

Depois das saudações, seguiu-se uma aula sobre a importância [...]

Pedro Gonçalves
2003-10-28

 Realmente a jornalista não teve a sorte de ter visitado aq [...]

Pedro Ferreira
2003-10-29

Eu tive nas praxes todas, mas todas e nunca vi ninguem magoa [...]

Carlos Ramalho
2003-10-29

O colega Pedro Goncalves por incrível que pareca tem todos o [...]

Pedro Gonçalves
2003-10-29

Carlos, a historia dos sacos está aqui: http://sifeup.fe.up [...]

Carlos Ramalho
2003-10-30

Pedro,podes nao te resordar ms ja o ano passado tivemos uma [...]

Pedro Gonçalves
2003-10-30

Sim, tens razão isso depende das pessoas que estão na praxe. [...]

Carlos Ramalho
2003-11-03

Quando um estado é ditador um manda e outros obedecem! certo [...]

Pedro Gonçalves
2003-10-29

 Tens razão que começo a grunhir, mas não tamos a fazer pra [...]

Pedro Ferreira
2003-10-30

Se o teu pai te disser uma coisa, ou o teu avô, por respeito [...]

Pedro Gonçalves
2003-10-30

 Tanto respeito o meu Pai e o meu avô como vou respeitar o [...]

Carlos Ramalho
2003-10-30

Pedro gostaria de te fazer algumas perguntas pois nao entend [...]

Pedro Gonçalves
2003-10-30

 Referia-me a popular relativamente às observações que são [...]

Carlos Ramalho
2003-11-03

E nem todos esses sao anti-praxe!! Eu por esta afirmacao, ou [...]

Pedro Gonçalves
2003-11-04

Não acho essa denominação correcta. Muitas pessoas não têm n [...]

Carlos Ramalho
2003-11-04

Ok! Sem comentarios! Pergunta-se o que tem um valor como a p [...]

Nuno Cordeiro
2003-11-11

É tramado não é Carlos? Este gajo é de partir a rir... Há un [...]

Pedro Gonçalves
2003-11-11

Nunca perguntei que valores bons tinha a praxe. Pode haver c [...]

João Eiras
2004-09-26

Simples: pró-praxe - quem participa em praxe anti-praxe - [...]

Filipe Silva
2004-09-28

Pode-se não participar e não ser anti-praxe ...vice-versa nã [...]

Carlos Ramalho
2003-11-03

E nem todos esses sao anti-praxe!! Eu por esta afirmacao, ou [...]

Ricardo Neves
2003-11-07

Antes de mais devo dizer que sou praxista activo e membro de [...]

Nuno Cordeiro
2003-11-11

Realmente é engraçado... Vamos discutir praxe mas deixamos d [...]

Pedro Gonçalves
2003-11-11

Ricardo, eu também recebi esse mail dinâmico, mas acho que i [...]

Pedro Ferreira
2003-10-30

Para finalizar este topico, e porque já foi longe demais, ap [...]

Sofia Almeida
2005-10-19

Palavras para quê? A praxe da Feup é a melhor!!!! Para não d [...]

Filipe Carvalho
2003-10-06

Para ser mais fácil a visualização, sugiro que visitem direc [...]

Nuno Pássaro
2004-03-20

Mt do q esta jornalista fala é verdade, a praxe tem mts pon [...]

Pedro Serra
2004-06-19

Ainda dizem q nao ha abusos.... Tb acho q fica ao criterio [...]

João Eiras
2004-09-26

Isto é sempre a base de da maioria dos argumentos anti-praxi [...]

João Silva
2011-02-27

Só sabe quem passa por ela, aí está o cerne das coisas. Ning [...]

Pedro Martins
2011-06-28

Comentário inútil. Desde o início que despreza o argumento [...]

João Silva
2012-02-17

Sim, porque com 5 minutos conheces algo por dentro e por for [...]

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